A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) realiza, na quinta-feira (1º), Primeiro Seminário sobre a doença, que tem 89 casos confirmados
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) realiza, na quinta-feira (1º), o I Seminário sobre a Febre Oropouche.
A meta é debater o diagnóstico, o monitoramento de casos e os desafios para a saúde pública.
Este ano, foram confirmados 89 casos confirmados no Estado.
Até o momento, o vírus oropouche isolado foi identificado em pacientes nos seguintes municípios:
Jaqueira,
Pombos,
Água Preta,
Moreno,
Maraial,
Cabo de Santo Agostinho,
Rio Formoso,
Timbaúba,
Itamaracá,
Jaboatão dos Guararapes,
Catende,
Camaragibe,
Ipojuca
Aliança
Como será
O seminário contará com três mesas de discussão e um painel de debates, com a participação do Ministério da Saúde (MS), gestores estaduais de vigilância em saúde e a comunidade científica, transcorrendo das 8h às 17h30, no auditório do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), no Recife.
O Seminário terá transmissão ao vivo através do Youtube da Fiocruz Pernambuco e da SES-PE.
A secretária estadual de Saúde de Pernambuco, Zilda Cavalcanti, destaca a relevância do evento e o apoio da comunidade científica no acompanhamento de casos da Febre Oropouche.
“A saúde pública está focada e direcionada para o assunto, não só em Pernambuco, mas em todo o Brasil. É uma condição que tem se mostrado emergente e necessita de acompanhamento. Promover esse tipo de encontro, junto de diversas instituições que pesquisam e monitoram a doença é de extrema importância para darmos os direcionamentos técnicos necessários e para a troca de experiências. Nossa equipe está acompanhando todas as investigações de perto”, enfatiza a secretária.
Programação
A primeira mesa, que inicia às 9h, tem como tema o “Cenário Epidemiológico da Febre Oropouche nas Américas, no Brasil e em Pernambuco”. A mediação será da secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
O cenário nas Américas será apresentado por Alexander Rosewell, coordenador da Unidade de Emergências, Evidências e Inteligência em Saúde da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS); sobre o panorama brasileiro, falará a coordenadora da Vigilância em Arboviroses do Ministério da Saúde, Lívia Vinhal; e a apresentação sobre Pernambuco será liderada pelo secretário executivo de Vigilância em Saúde e Atenção Primária do Estado, Bruno Ishigami.
O tema da segunda mesa do seminário é: “Os desafios atuais no diagnóstico e no manejo clínico” da febre oropouche, moderada por Danylo Palmeira, presidente da Sociedade Pernambucana de Infectologia (SPI), às 10h20.
O momento vai contar ainda com explanações sobre os desafios locais e operacionais para o diagnóstico laboratorial, com a diretora do Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE), Keilla Paz; o diagnóstico molecular e a análise genômica, com o chefe do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos da Fiocruz, Felipe Naveca; e a preparação do serviço de assistência para enfrentamento à Febre do Oropouche, pelo coordenador de Urgências do Ministério da Saúde, Felipe Reque.
Intitulada “Os desafios da vigilância em saúde diante de uma arbovirose emergente com transmissão vertical documentada”, a terceira mesa, a partir das 13h, terá moderação do diretor-geral de Vigilância Ambiental da SES-PE, Eduardo Bezerra. A mesa contará com a participação dos pesquisadores Alice Varjal (Fiocruz); Bruna Laís, do Instituto Evandro Chagas (IEC), e do pesquisador Demócrito Miranda, do Microcephaly Epidemic Research Group (MERG).
A partir das 15h, o seminário realiza o painel “O estado da arte sobre a história natural da Febre Oropouche”.
Serão cinco apresentações de diversos especialistas. Eles vão abordar a experiência acumulada sobre o perfil epidemiológico e clínico surtos no Brasil (Instituto Evandro Chagas), a evolução clínica no Amazonas (SES do Amazonas), além do comprometimento neurológico associado (Instituto Evandro Chagas).
Também haverá informações sobre os critérios clínico-laboratoriais dos óbitos descritos na Bahia (SES da Bahia) e as implicações do comportamento biológico do vírus na patogenia da febre (Fiocruz).
Fontes: Diario de Penambuco